Aliviado, sente-se “muito mais leve” e pronto para se focar na carreira depois de dois anos de incerteza, medo e instabilidade.
“Fui mais afetado psicologicamente, pelo medo dessa indecisão”, admitiu, revelando ter precisado de acompanhamento psicológico, além da família e a fé, que foram essenciais para atravessar a fase mais difícil.

Paquetá reconheceu que estava prestes a chegar a acordo com o Manchester City quando recebeu a notificação da federação inglesa. “Provavelmente assinaria (contrato) na semana que recebi a carta”, indicou, sendo que a interrupção da negociação foi o maior prejuízo profissional do caso.
Ao falar sobre o Flamengo, Paquetá confirmou duas abordagens, a primeira com Marcos Braz, logo no início das investigações, quando o clube apresentou uma proposta oficial. Admitiu que pensou seriamente no regresso, mas a postura de apoio do West Ham pesou na decisão.
"Eu quero voltar, mas não posso ser ingrato com o clube que está a apoiar muito”, revelou. O segundo momento aconteceu já perto do regresso ao futebol sem restrições, quando o desejo de voltar ao Rubro-Negro aumentou.
Paquetá contou que conversou diretamente com Filipe Luís e expressou vontade de vestir novamente a camisola do clube. “Eu realmente demonstrei o desejo de voltar, eu tentei muito.” Mesmo assim, preferiu não forçar a saída do West Ham, apesar de ainda acreditar em voltar ao emblema brasileiro. “Sei que em algum momento vai acontecer”.

O médio também disse que pretende revelar publicamente todos os detalhes do caso, incluindo bastidores das audiências e versões divulgadas que, segundo ele, não condizem com a realidade. “Tem muita coisa que eu ainda quero falar, as pessoas vão poder entender a grandeza do que foi o caso".
Reintegrado na seleção nrasileira e elogiado por Ancelotti, Paquetá afirma que se sente confortável em diferentes funções no meio-campo e projeta a retomada definitiva da carreira.
“Eu estou feliz, muito mais leve. Esse medo ficou para trás”, garantiu.
