Basquetebol: Jogadoras da WNBA aprovam paralização abrindo caminho para uma greve

A Associação de Jogadoras da Liga Nacional de Basquetebol Feminino fez o anúncio esta quinta-feira
A Associação de Jogadoras da Liga Nacional de Basquetebol Feminino fez o anúncio esta quinta-feiraEthan Miller / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

As jogadoras da WNBA deram o seu apoio à convocação de uma greve "quando necessário", enquanto prosseguem as negociações para um novo acordo coletivo de trabalho, anunciaram os dirigentes sindicais esta quinta-feira.

O sindicato da Liga Nacional de Basquetebol Feminino (WNBPA) afirmou, em comunicado, que as suas associadas votaram a favor de autorizar a direção do sindicato a convocar uma greve, caso seja preciso.

"As jogadoras já se pronunciaram. Através de uma votação decisiva, com uma participação histórica, as nossas associadas autorizaram o comité executivo da WNBPA a convocar uma greve sempre que for necessário", referiu a WNBPA em comunicado.

No mesmo comunicado, a WNBA e os proprietários das equipas são acusados de "resistência à mudança e de voltarem a comprometer-se com disposições draconianas que têm limitado injustamente as jogadoras há quase três décadas."

A WNBA revelou que 93% das jogadoras elegíveis participaram na votação, com 98% a manifestarem-se a favor da greve, caso seja considerada necessária.

"Fique claro: as jogadoras mantêm-se unidas, determinadas e prontas para lutar pelo seu valor e pelo seu futuro," acrescentou o sindicato.

As jogadoras da WNBA pretendem uma maior fatia das receitas da Liga, bem como melhores benefícios e condições de trabalho. As negociações em curso têm como prazo limite o dia 9 de janeiro.

A WNBA afirmou "discordar veementemente" da forma como o sindicato caracteriza as negociações laborais em curso.

"Temos conhecimento de que as jogadoras votaram para autorizar o comité executivo da WNBPA a convocar uma greve, caso o comité executivo decida avançar com essa medida no futuro. É difícil compreender as alegações de que a Liga resiste à mudança, sobretudo tendo em conta que estamos a propor várias alterações ao acordo coletivo, incluindo aumentos salariais imediatos significativos e um novo modelo de partilha de receitas sem limites", referiu a WNBA em comunicado.