"Vou retirar-me da competição, não porque tenha terminado de lutar, mas porque conquistei outro tipo de combate. Aquele em que se sai em condições próprias", afirmou o pugilista de 38 anos, num vídeo publicado nas suas redes sociais.
Na sua mensagem, Terence Crawford, natural de Omaha, no Nebraska, explicou que a sua carreira foi impulsionada pelo desejo de "provar a todos que estavam errados".
"Lutei pela minha família. Lutei pela minha cidade. Lutei pelo miúdo que fui, aquele que não tinha nada além de um sonho e um par de luvas. E fiz tudo à minha maneira. Dei tudo o que tinha a este desporto", detalhou.
Profissional desde 2008, este canhoto talentoso conquistou o seu primeiro título mundial seis anos depois, ao arrebatar o cinturão WBO dos pesos-leves ao escocês Ricky Burns em Glasgow.
Em setembro passado, em Las Vegas, atingiu o auge: Crawford conseguiu destronar a estrela mexicana Canelo Alvarez para manter-se invicto e tornar-se campeão indiscutível (WBA-WBC-WBO-IBF) dos super-médios.
O combate foi transmitido em direto na Netflix.
Desta forma, tornou-se o primeiro pugilista da história a ser campeão mundial em três categorias de peso diferentes (super-médios, welters e super-ligeiros) desde a existência das quatro federações mundiais.
No entanto, Terence Crawford foi destituído do seu cinturão WBC dos super-médios devido a um diferendo financeiro, anunciou a organização no início de dezembro, antes de ordenar um combate entre o francês Christian Mbilli e o britânico Hamzah Sheeraz pelo título vago.
De acordo com a WBC, Crawford não pagou as taxas exigidas pela sua vitória frente a "Canelo", nem para o seu combate contra Israil Madrimov em 2024.
