Sousa perdeu com o alemão Ricardo Pietreczko por 3-1 (2-3, 2-3, 3-2 e 1-3), em Londres, resultado que precipitou a queda do ribatejano para fora do top 64 do ranking da Professional Darts Corporation (PDC) e o obriga a tentar recuperar, em janeiro, o cartão de acesso ao circuito através dos eventos de qualificação.
“Não vou desistir! Sou uma pessoa e um jogador com uma mentalidade forte e nunca desisti de nada”, garantiu o Special One dos dardos, em declarações à agência Lusa.
Após conquistar o cartão do PDC Tour em 2019, o português destacou-se no circuito com a conquista do Grand Slam de dardos, em 2020, o seu maior título internacional, e o segundo lugar na Premier League do ano seguinte, entre outros triunfos em torneios internacionais.
A sua carreira entrou, depois, numa fase descendente, que culminou, na terça-feira, com a perda do cartão, que o ribatejano pretende recuperar em janeiro.
“Agora estou a começar a jogar bem outra vez. Comecei tarde, este ano, e não pude defender todos os resultados que precisava para me manter dentro dos 64 primeiros do ranking da PDC, mas a minha confiança é total”, assegurou.
Mesmo que não consiga, já em janeiro, recuperar o cartão de acesso ao circuito, Sousa promete “continuar a tentar”, consciente de que o seu jogo “está quase lá”, ao nível que o levou a ser um dos jogadores mais carismáticos e ao sexto lugar do ranking mundial em 2022.
“É sempre difícil e o nível da Qualifying School, hoje em dia, subiu muito. O pessoal está a apertar. Claro que não é o mesmo nível da PDC, mas encontram-se ossos duros de roer”, comentou Sousa.
A queda na carreira, insistiu, começou com “a vacina contra a covid-19”, cerca de uma semana após sagrar-se vice-campeão da Premier Legue, perdendo na final contra o galês Jonny Clayton.
“Os diabetes subiram aos 400, afetou-me os músculos, os tendões e a carreira veio por aí abaixo”, apontou o português.
José de Sousa insiste que “o problema não é o treino” ou, sequer, a confiança com que entra nas partidas.
“A pressão do meu ombro mudou, o que me levava a fazer movimentos estranhos. A sensação a atirar já não era a mesma. Essa foi a principal causa de ter baixado tanto no ranking”, assegurou.
Depois, uma “situação familiar” delicada e “um problema no cotovelo, semelhante ao que afeta muito os tenistas”, não o deixaram treinar “todo o ano” e “sempre que terminava um torneio do ProTour voltava para o hotel sem conseguir mexer o braço”.
Em janeiro, José de Sousa volta, então, aos Qualifying Schools, onde obteve o cartão da PDC, em 2019, entrando diretamente na fase final por ter perdido o cartão este ano.
O bilhete de volta aos maiores palcos dos dardos a nível mundial pode ser conseguido “ganhando qualquer um dos dias” da competição ou “acumulando pontos ao longo dos dias” para entrar no top 12 da classificação geral.
Os Qualifying Schools da PDC realizam-se, em 2026, entre 05 e 11 de janeiro, simultaneamente, em Milton Keynes (Reino Unido) e Kalkar (Alemanha).
