"O mundo está a ficar louco", afirmou ao jornal inglês Telegraph, tendo em conta as inúmeras guerras e conflitos com repercussões globais. Os alemães serão certamente "bons organizadores", previu, mas:"Nestes tempos loucos, em que o mundo está a ficar geoestrategicamente louco, a segurança é a maior preocupação".
Por este motivo, já se encontrou duas vezes com a Ministra Federal do Interior, Nancy Faeser (SPD), a última das quais durante o funeral de Franz Beckenbauer, em Munique, na passada sexta-feira. Devido à"situação completamente agressiva" do ponto de vista geopolítico, que também deve preocupar os organizadores dos Jogos Olímpicos de verão em Paris, estão previstas novas reuniões.
Se as selecções da Ucrânia ou de Israel se qualificarem para o Campeonato da Europa através do play-off, Ceferin considera que a situação se complicaria ainda mais. "O meu receio não é apenas em relação aos estádios,porque os estádios, estou certo, serão devidamente protegidos. Mas os adeptos vão estar em todo o lado...".
Confiança nas autoridades alemãs
No entanto, está convencido de que "com o apoio das autoridades alemãs, que estão muito determinadas a ajudar, tudo correrá bem". O torneio decorre de 14 de junho a 14 de julho, com a final a ter lugar em Berlim.
Ceferin também abordou outras questões prementes do futebol europeu. Entre outras coisas, sublinhou que a UEFA já teve "razão" na sua ação contra o clube inglês Manchester City por violação das regras financeiras.
Na altura, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) anulou a proibição de dois anos imposta pela UEFA ao City nas competições europeias. "Confio que a decisão do nosso organismo independente foi correcta", afirmou Ceferin. O City também está atualmente a ser acusado de 115 infracções às regras financeiras da Premier League.