Os Leopardos ficaram muito perto de garantir a qualificação automática, terminando apenas a dois pontos do Senegal, apesar de terem concedido apenas uma derrota nos seus 10 jogos na fase de qualificação do Grupo B.
No entanto, esse registo foi suficiente para avançarem para a ronda de play-off da CAF, onde conquistaram o único lugar africano nos play-offs interconfederações, que vão decorrer no México.
Um golo nos instantes finais de Chancel Mbemba permitiu aos centro-africanos ultrapassar os Camarões no primeiro jogo de play-off, antes de vencerem a Nigéria nas grandes penalidades, após um empate 1-1 ao fim de 120 minutos.
A equipa de Sebastien Desabre vai agora defrontar Jamaica ou Nova Caledónia num duelo decisivo em março do próximo ano, para regressar ao Mundial pela primeira vez em 52 anos.
O lateral-esquerdo já retirado, membro do Grupo de Estudos Técnicos da FIFA no recém-terminado Mundial sub-17, mantém a confiança na candidatura da R.D. Congo ao Mundial, destacando os resultados frente às Super Águias e aos Leões Indomáveis como importantes impulsionadores de confiança.
"Sim, claro. Os nossos resultados sólidos contra as melhores equipas de África (Nigéria e Camarões) deram-nos uma enorme confiança e convicção, elevando o nosso moral enquanto olhamos para as oportunidades que se avizinham. Não é surpresa (termos chegado aos play-offs). É um enorme prazer. Foi muito trabalho árduo. É uma equipa que trabalha junta há já alguns anos. Merecemos" afirmou Ilunga ao Flashscore.
Ilunga elogia o impacto do treinador Desabre desde que substituiu Hector Cuper como selecionador dos bicampeões africanos em 2022.
Com Desabre, a R.D. Congo terminou em quarto lugar na Taça das Nações Africanas 2023, perdendo por pouco para a África do Sul nas grandes penalidades no jogo de atribuição do terceiro lugar.
Os centro-africanos têm sido notavelmente consistentes, mantendo-se invictos em nove dos últimos 10 jogos em todas as competições, afirmando-se como uma das forças emergentes do futebol africano.
"Desde a chegada de Sebastien Desabre como treinador, a equipa tem vivido uma fase fantástica, especialmente na Taça das Nações Africanas na Costa do Marfim. É uma grande organização, percebe-se claramente a ideia de jogo e os resultados aparecem", acrescentou.
Partilhando a opinião de Ilunga, o antigo internacional Ndiaye Kasongo acredita que só os próprios jogadores podem impedir a R.D. Congo de chegar ao Mundial.
"Depois de muitas décadas de espera, acredito verdadeiramente que chegou finalmente o momento de nos qualificarmos para o Mundial da FIFA. As nossas exibições recentes contra equipas de topo como Nigéria, Senegal e Camarões mostram que somos capazes de competir com qualquer adversário, e não vejo nenhuma equipa a travar-nos nos play-offs se mantivermos este nível" disse o antigo jogador do Motema Pembe ao Flashscore.
"Os jogadores estão motivados para o maior palco do mundo, e só eles podem ser obstáculo ao próprio sucesso. Como disse recentemente a alguns membros da equipa técnica, já temos uma mão no bilhete para o Mundial, e temos de fazer tudo para garantir que não o deixamos escapar", prosseguiu.
"O sorteio pode parecer favorável, mas temos de abordar cada adversário com respeito. Quanto ao segredo das nossas prestações recentes, penso que não há magia. É fruto de anos de trabalho árduo, disciplina e dedicação. O nosso momento chegou finalmente", completou.
Se a R.D. Congo garantir a qualificação para o Mundial, será automaticamente integrada no Grupo K juntamente com Portugal, Usbequistão e Colômbia.
Antes dos play-offs, os Leopardos vão disputar a CAN 2025 em Marrocos, onde vão tentar conquistar o terceiro título continental.
Ficaram integrados no Grupo D, juntamente com Senegal, Benim e Botsuana. Iniciam a campanha frente às Zebras a 23 de dezembro no Grand Stade de Tânger.
