Mundial-2026: Associação de adeptos indigna-se com o preço "exorbitante" dos bilhetes

Gianni Infantino, presidente da FIFA
Gianni Infantino, presidente da FIFAROBERTO SCHMIDT / AFP

A associação Football Supporters Europe (FSE) manifestou indignação face aos "preços exorbitantes" que a Federação Internacional de Futebol (FIFA) pretende aplicar aos bilhetes do Mundial-2026, conforme escreveu esta quinta-feira em comunicado.

A FSE está "estupefacta" com os "preços astronómicos (...) impostos pela FIFA aos adeptos mais fiéis", aqueles que podem adquirir o seu lugar através da sua federação para acompanhar a sua equipa, através dos bilhetes denominados PMA (Participating Member Association allocation).

A associação de adeptos exige à FIFA que "suspenda imediatamente as vendas de bilhetes PMA", "inicie uma consulta" e "reavalie os preços dos bilhetes" até encontrar "uma solução que respeite a tradição, a universalidade e o valor cultural do Mundial".

De acordo com informações da FSE, que afirma ter consultado "as tabelas de preços publicadas de forma progressiva e confidencial pela FIFA", acompanhar a sua equipa desde o primeiro jogo até à final "custaria no mínimo 6.900 dólares (cerca de 6.000 euros)" a um adepto, "ou seja, quase cinco vezes mais do que no Mundial-2022 no Catar".

"Para agravar ainda mais a situação, a categoria de preço mais baixa não estará disponível" para os bilhetes PMA, pois esses lugares serão reservados "à venda geral, sujeita a uma tarifação dinâmica. Trata-se de uma enorme traição à tradição do Mundial, ignorando o contributo dos adeptos para o espetáculo", concluiu a FSE.

O dossier de candidatura publicado em 2018 prometia bilhetes a partir de 21 dólares (18 euros). "Onde estão esses bilhetes hoje?" questionou a associação.