Julián Álvarez: "Não preciso de elogios para ser feliz, basta-me jogar futebol"

Julián Álvarez, avançado argentino do Atlético de Madrid
Julián Álvarez, avançado argentino do Atlético de MadridDENIS DOYLE / GETTY IMAGES EUROPE / GETTY IMAGES VIA AFP

Julián Álvarez, avançado argentino do Atlético de Madrid, iniciou a época em grande forma e já soma nove golos, sete na Liga e dois na Champions. Neste momento, é a principal referência do Atlético de Madrid e sonha em voltar a conquistar algo importante com a Argentina. No entanto, não foi incluído entre os 30 melhores do Ballon d'Or, algo que, segundo ele, não lhe tira o sono.

Julián Álvarez (25 anos) recordou a sua passagem pela formação do Real Madrid numa longa entrevista ao L'Équipe.

"Tive a oportunidade de vir a Madrid quando tinha 11 anos. O meu pai acompanhou-me a Espanha durante cerca de 20 dias. Treinei com o Real Madrid e depois participei num torneio em Peralada, que vencemos. Mas, para ficar, toda a minha família teria de vir viver comigo. Foi uma experiência fantástica, mas ainda era demasiado cedo para mim", assumiu.

Falou também sobre a sua etapa no River Plate. "Lembro-me perfeitamente da minha primeira prova no River Plate. Perguntaram-me o ano de nascimento e a posição. Respondi: '2000, número 9'. Replicaram: 'Número 9? É o número 9 da tua categoria!', e apontaram para um tipo enorme. Mas isso não me preocupou nada, porque conhecia bem os meus pontos fortes. Podia jogar como número 9, um pouco mais recuado, pela direita, pela esquerda, e adaptar-me. Nunca foi um problema", recordou.

Da passagem pelo City ao Atlético

No jornal francês, falou também sobre o tempo no Manchester City e sobre a decisão de rumar ao Atlético de Madrid.

"Tive bastantes minutos, embora nem sempre nos jogos mais importantes. Muitas vezes entrava como suplente. Depois, recebi chamadas de vários clubes. Escolhi vir para o Atlético porque senti que podia conquistar um lugar aqui e mostrar o meu melhor, graças ao espaço que me foi dado", explicou.

Referiu-se ainda ao interesse do Barça. "Em Espanha fala-se muito de mim e do Barcelona. Quando assinei pelo Atlético no ano passado, também se falou bastante de Paris. É verdade que houve conversas entre a Direção do PSG e o meu agente; mostraram interesse em contratar-me, mas não se concretizou. Por agora, estou focado no Atlético. Veremos o que acontece no final da época", afirmou Julián Álvarez.

Por outro lado, o avançado abordou o facto de não ter sido escolhido entre os 30 melhores do Ballon d'Or. "Obviamente, é uma honra estar entre os 30 melhores jogadores do mundo e participar num evento tão importante. Significa que estás a fazer as coisas bem. Deixa-me orgulhoso, mas não me preocupa não estar entre os 30 nomeados; estou a fazer aquilo que me apaixona. Não preciso de elogios para ser feliz. Jogar futebol basta-me", concluiu.