Não seria a primeira vez que um futebolista é "protegido" para evitar uma lesão que possa comprometer um empréstimo ou uma transferência. E é curioso que, no caso do número 9 do Real Madrid, tenha surgido mais vezes no relvado em dezembro, muito próximo da abertura do mercado de transferências, depois de praticamente não ter tido minutos com Xabi Alonso.
Frente ao Talavera, para a Taça do Rei, disputou 77 minutos antes de ser rendido por Bellingham. Até então, a sua presença nesta época resumia-se a 11 minutos num jogo da Liga e outros 11 na Liga dos Campeões. Ah, e um cartão vermelho que viu no banco devido aos protestos veementes na derrota frente ao Celta no Bernabéu.
É evidente que não era isto que o brasileiro esperava quando assinou pelo Real Madrid, muito menos depois de Ancelotti lhe ter dado muito mais protagonismo na época passada: participou em 37 jogos oficiais, oito como titular, e marcou sete golos num total de 848 minutos em campo.
Mas o atual treinador dos merengues tem preferido Gonzalo García para ocupar os poucos minutos deixados por Mbappé. Mesmo que o jovem da formação ainda não tenha conseguido marcar com a equipa desde que se estreou no último verão no Mundial de clubes.

O Mundial, no centro de tudo
Tudo isto, e a pensar no Mundial-2026, fez com que Endrick tenha perdido o seu lugar no Brasil. Ancelotti já lhe tinha avisado de que teria de sair do Bernabéu se quisesse ter hipóteses de ser convocado. E, no fim, o jovem jogador não teve outra alternativa senão admitir que o seu antigo treinador e agora selecionador tem razão. Foi aí que surgiu o Lyon, de Paulo Fonseca, aceitando todas as exigências tanto do jogador como do Real Madrid, que não quer ver repetidos outros casos em que empresta um futebolista para ter mais minutos e acaba por jogar ainda menos.
A operação ainda não é oficial, mas o facto de Xabi Alonso lhe ter dado minutos agora não altera nada para nenhuma das partes. Até parece ter-se despedido com uma mensagem nas redes sociais após o jogo da Taça.
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