Pep Guardiola percorreu todas as fases do ciclo futebolístico. Mudou a forma de entender o jogo através de um sistema. Não era só o quê, mas também o como. Depois de ter desfrutado do topo, o seu legado agora reflete-se nos grandes exemplos do guardiolismo. Vincent Kompany, Luis Enrique, Mikel Arteta e Enzo Maresca têm algo em comum: o seu mestre.
A própria vida é uma paradoxo. O catalão, aos 54 anos, continua na elite, mas já não é o mesmo de antes. É aqui que entram em cena os quatro génios que absorveram cada ensinamento, treino, jogo e temporada do seu quadro tático. Bayern, PSG, Arsenal e Chelsea. O das 16 vitórias, o campeão da Liga dos Campeões, o líder da Premier League e o rei do mundo.
Aquele que só sabe vencer
O Bayern de Munique de Vincent Kompany é a equipa a abater. Só conhece a vitória nesta temporada. Líder incontestável na Bundesliga com nove triunfos e pontuação máxima. 33 golos marcados, apenas quatro sofridos. Segue vivo na Taça da Alemanha, com o duelo dos oitavos de final frente ao Union Berlin ainda por disputar. E é irrepreensível na Liga dos Campeões, em que ocupa o topo com quatro vitórias. A última, à custa de Luis Enrique.
O PSG já não apresenta a mesma velocidade que o levou a conquistar a Europa na época passada. As lesões ameaçam o técnico asturiano, que tem o Marselha colado ao retrovisor na Ligue 1. A coragem continua a ser o motor do projeto que mais se aproxima da visão guardiolista. A nostalgia de controlar os jogos com posse de bola mistura-se com o ritmo frenético do futebol atual.
Do exemplar... ao inesperado
Pep Guardiola como professor traduz-se em Mikel Arteta como aluno. O Arsenal lidera a Premier League após as dez primeiras jornadas, com oito vitórias, um empate e apenas uma derrota. E sem desvalorizar esta força, talvez o dado mais impressionante dos gunners seja o facto de seguirem a marca do Bayern de Munique na Liga dos Campeões com vitórias em todos os jogos... e sem sofrer qualquer golo. Invencível e intransponível.
E do exemplar... ao inesperado. Ao que ninguém previa. Enzo Maresca conquistou a Liga Conferência e o Mundial de Clubes em menos de dois meses. O Chelsea quer ombrear com os grandes, ostentando o emblema dourado que irá usar até novo aviso em 2029. Uma potência que se junta às outras três na coincidência de que os seus criadores aprenderam com aquele que muitos consideram o melhor. O guardiolismo está em alta.
