Feminino: Ivan Baptista lamenta que campanha europeia do Benfica seja "pouco valorizada"

Nycole Raysla em ação
Nycole Raysla em açãoSL Benfica

Declarações em conferência de imprensa após o jogo Benfica-Paris Saint-Germain (1-1), da sexta e última jornada da fase de liga da Liga dos Campeões feminina de futebol, realizado hoje no Estádio da Luz, em Lisboa:

Recorde aqui as incidências do encontro

Ivan Baptista (treinador do Benfica):

“Foi, talvez, das nossas melhores exibições nesta campanha de Liga dos Campeões. Gostávamos que fosse mais longa, mas levamos as coisas boas que fizemos. Não é todos os dias que uma equipa portuguesa domina o vice-campeão francês. Hoje, em largos momentos do jogo, tivemos esse domínio territorial. O adversário tem muito poderio e também teve os seus momentos. Levamos esse orgulho no que conseguimos fazer hoje.

Os jornais vão dizer que o Benfica termina a fase de liga sem vitórias. Valoriza-se muito pouco o que temos feito na Europa e entristece-me. A equipa esteve muitíssimo bem, honrou a camisola e dominou uma das equipas mais fortes no contexto europeu. Não conseguimos o apuramento, mas, ainda assim, tivemos o caráter de disputar este jogo com a maior seriedade possível.

É inevitável que se chegue a um momento do jogo em que percebemos o nível de energia. Na paragem internacional, quase todas elas foram expostas a jogos de 90 minutos sobre 90 minutos. Voltaram e entraram logo num período congestionado, de cinco jogos em 15 dias. Mais do que gerir o grupo, foi também perceber que estamos a acumular jogos atrás de jogos. Não foi bem o caso de pensar no dérbi, mas sim gestão de jogadoras que têm passado por períodos intensos de jogo”.

Paulo César Parente (treinador do Paris Saint-Germain):

“Parece-me que o jogo foi bastante equilibrado e tivemos a possibilidade de ganhar. Tivemos várias ações na área adversária, mas infelizmente não as concretizámos. Tivemos um grupo muito jovem e faltava um pouco mais de maturidade. Sabia que ia ser um jogo difícil, pois o Benfica tem uma equipa experiente e bem organizada. Foi um jogo bastante equilibrado, mas poderíamos ganhar.

O Paris Saint-Germain está em reconstrução, com novas jogadoras muito jovens e precisamos de as desenvolver. Tivemos grandes adversários, muito controlo do jogo e muitas ocasiões para poder ganhar, mas não conseguimos fazer os golos. Esse processo é difícil e doloroso. No campeonato francês estamos bem e temos de aproveitar esse momento para melhorar coisas que não conseguimos fazer na Liga dos Campeões. Perdemos jogos no detalhe e pagámos caro”.

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