Recorde aqui as incidências do encontro
Sotiris Silaidopoulos (treinador do Rio Ave):
“Sabíamos que era um jogo exigente. Começámos bem a primeira parte. Até à expulsão do Vrousai, controlámos o jogo. A expulsão do Vrousai dificultou-nos a tarefa. O Vitória não criou muitas oportunidades. Tivemos as nossas oportunidades para empatar o jogo. Enalteço o compromisso e o espírito da equipa. Jogaram muito tempo com 10 elementos e tiveram sempre muita energia. Estamos satisfeitos com o esforço da equipa após o cartão vermelho. O jogo seria diferente sem a expulsão.
Retirámos o Petrasso (ao intervalo), porque já tinha um cartão amarelo. Era muito arriscado mantê-lo. Tínhamos três jogadores no meio-campo e queríamos tentar o contra-ataque com o Clayton e o André Luiz. O plano funcionou. O Vitória não criou oportunidades e nós tivemos duas. A equipa manteve-se positiva em campo.
Normalmente, sou uma pessoa muito calma e não falo sobre arbitragem (a propósito de ter sido expulso). Eles têm de tomar decisões sob condições difíceis. Eu aceito erros. Não aceito tratamento arrogante e critérios diferentes na forma como tratam os clubes e as pessoas. A maioria das decisões em lances de dúvida foram contra nós. Há dois lances de possível penálti em que o árbitro nem sequer vai ao videoárbitro. Qual é o critério para se usar o videoárbitro. Foi a primeira vez que fui expulso no campeonato. Sinto que fomos tratados de forma diferente. Isso não é bom”.
Luís Pinto (treinador do Vitória SC):
“Foi uma segunda parte difícil, mas não nos colocámos a jeito (de sofrer o empate). Com menos um, o Rio Ave continuou a jogar com os dois elementos mais perigosos adiantados no campo, sem se desgastarem. Quando ultrapassámos a pressão do Rio Ave, não conseguimos ser perigosos. No final, o Rio Ave aproveitou o nosso cansaço físico. Jogámos aquilo que o jogo pediu e sinto que fomos competentes.
Temos um número de jogos elevadíssimo nestes últimos tempos (a propósito do cansaço demonstrado pelos jogadores no final). É isso que queremos. É sinal de que estamos nas competições todas. Queremos ter esses problemas.
Chegar à vantagem foi natural. Estávamos bem no jogo, a ferir o adversário onde queríamos ferir. A segurar a vantagem, respeitámos o Rio Ave. O Gonçalo Nogueira está a regressar de uma lesão e estava cansado, mas teve de ficar até ao final.
O Noah (Saviolo) é um jogador jovem, que demonstra ter qualidades que, no futebol moderno, são cada vez mais difíceis de encontrar. É rápido e forte no um para um. A evolução trata-se de confiar no jogador, de apoiar. É um trabalho conjunto do jogador, da equipa técnica e da estrutura. Estávamos a perspetivar isto no início da época. É essencial acreditarmos nos nossos meninos de verdade e não por necessidade.
Queremos que esta consistência se mantenha (após seis jogos oficiais com um golo sofrido). Queremos melhorar no que respeita a comportamentos no próximo jogo para continuar a não sofrer golos".
