Liga Portugal: Silaidopoulos queixa-se de árbitro "arrogante", Luís Pinto fala em "cansaço"

Vrousai foi expulso
Vrousai foi expulsoMANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA

Declarações em conferência de imprensa após o jogo Rio Ave – Vitória SC (0-1), da 14.ª jornada da Liga Portuga, disputado este sábado, no Estádio do Rio Ave FC, em Vila do Conde:

Recorde aqui as incidências do encontro

Sotiris Silaidopoulos (treinador do Rio Ave):

“Sabíamos que era um jogo exigente. Começámos bem a primeira parte. Até à expulsão do Vrousai, controlámos o jogo. A expulsão do Vrousai dificultou-nos a tarefa. O Vitória não criou muitas oportunidades. Tivemos as nossas oportunidades para empatar o jogo. Enalteço o compromisso e o espírito da equipa. Jogaram muito tempo com 10 elementos e tiveram sempre muita energia. Estamos satisfeitos com o esforço da equipa após o cartão vermelho. O jogo seria diferente sem a expulsão.

Retirámos o Petrasso (ao intervalo), porque já tinha um cartão amarelo. Era muito arriscado mantê-lo. Tínhamos três jogadores no meio-campo e queríamos tentar o contra-ataque com o Clayton e o André Luiz. O plano funcionou. O Vitória não criou oportunidades e nós tivemos duas. A equipa manteve-se positiva em campo.

Normalmente, sou uma pessoa muito calma e não falo sobre arbitragem (a propósito de ter sido expulso). Eles têm de tomar decisões sob condições difíceis. Eu aceito erros. Não aceito tratamento arrogante e critérios diferentes na forma como tratam os clubes e as pessoas. A maioria das decisões em lances de dúvida foram contra nós. Há dois lances de possível penálti em que o árbitro nem sequer vai ao videoárbitro. Qual é o critério para se usar o videoárbitro. Foi a primeira vez que fui expulso no campeonato. Sinto que fomos tratados de forma diferente. Isso não é bom”.

Luís Pinto (treinador do Vitória SC): 

“Foi uma segunda parte difícil, mas não nos colocámos a jeito (de sofrer o empate). Com menos um, o Rio Ave continuou a jogar com os dois elementos mais perigosos adiantados no campo, sem se desgastarem. Quando ultrapassámos a pressão do Rio Ave, não conseguimos ser perigosos. No final, o Rio Ave aproveitou o nosso cansaço físico. Jogámos aquilo que o jogo pediu e sinto que fomos competentes.

Temos um número de jogos elevadíssimo nestes últimos tempos (a propósito do cansaço demonstrado pelos jogadores no final). É isso que queremos. É sinal de que estamos nas competições todas. Queremos ter esses problemas.

Chegar à vantagem foi natural. Estávamos bem no jogo, a ferir o adversário onde queríamos ferir. A segurar a vantagem, respeitámos o Rio Ave. O Gonçalo Nogueira está a regressar de uma lesão e estava cansado, mas teve de ficar até ao final.

O Noah (Saviolo) é um jogador jovem, que demonstra ter qualidades que, no futebol moderno, são cada vez mais difíceis de encontrar. É rápido e forte no um para um. A evolução trata-se de confiar no jogador, de apoiar. É um trabalho conjunto do jogador, da equipa técnica e da estrutura. Estávamos a perspetivar isto no início da época. É essencial acreditarmos nos nossos meninos de verdade e não por necessidade.

Queremos que esta consistência se mantenha (após seis jogos oficiais com um golo sofrido). Queremos melhorar no que respeita a comportamentos no próximo jogo para continuar a não sofrer golos".

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