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Pela primeira vez, talvez, desde que chegou a Old Trafford, o técnico português conseguiu unir o plantel, que agora atua como uma verdadeira equipa, e os resultados positivos têm surgido. Ainda não há consenso sobre se este poderá ser o início de algo maior e melhor para os Red Devils ou apenas mais um falso alarme.
Tendo em conta os maus momentos que Amorim viveu em diferentes fases da sua passagem pelo United, o atual nível exibicional e os resultados são, sem dúvida, bem recebidos. Se conseguirem prolongar esta boa sequência, os gigantes do Noroeste vão somar cinco jogos sem perder pela primeira vez desde janeiro/fevereiro de 2024.
No entanto, terão de o fazer frente a um Tottenham que não perdem há sete partidas, tendo perdido as últimas quatro em todas as competições.
Spurs podem igualar registo indesejado
Se os Lilywhites voltarem a vencer, será a primeira vez desde 1959/60 que conseguem três triunfos consecutivos na primeira divisão frente aos Red Devils.
A favor do United está o facto de os anfitriões terem perdido mais jogos em casa do que qualquer outro clube em 2025 (nove), e só em 1994 e 2003 é que o Tottenham foi derrotado em casa por dez vezes num só ano civil.

Apesar de o início de Thomas Frank no Norte de Londres poder ser considerado maioritariamente positivo, a verdade é que, entre as passagens por Brentford e Tottenham, o dinamarquês perdeu nove dos últimos 16 jogos em casa, vencendo apenas três.
Com uma média atual de apenas 9,7 remates por jogo, o registo mais baixo do Tottenham desde 1997/98, não se prevê que Frank consiga melhorar o seu desempenho caseiro.
Imagem viral que diz tudo
Após a recente derrota frente ao Chelsea, num jogo em que o Tottenham registou um xG miserável de 0,1, a frustração foi evidente, com Djed Spence e Micky van de Ven a ignorarem completamente Frank ao saírem do relvado.
Foi uma imagem viral que transmitiu muito mais do que mil palavras.
O que os anfitriões menos precisam é de enfrentar um United que soma o maior número de remates na Premier League esta época (54), o segundo maior registo total de remates (153), e que estará motivado para se vingar após a derrota na final da Liga Europa da época passada.
Especialmente tendo em conta que o Tottenham deverá estar privado de dez jogadores, com Lucas Bergvall a ser o mais recente a juntar-se à longa lista de lesionados.
Registos idênticos na Liga
Por outro lado, o United deverá apenas ter Lisandro Martinez como ausência prolongada para um jogo em que Bruno Fernandes pode somar assistências em três jogos consecutivos fora pela primeira vez desde novembro de 2020.
Bryan Mbeumo também adora jogar contra este adversário, e os seus quatro golos frente ao United só são superados pelo registo contra Southampton e Brighton and Hove Albion (cinco golos).
Curiosamente, ambas as equipas apresentam registos praticamente idênticos esta temporada, com cinco vitórias em dez jogos na Premier League, dois empates e três derrotas. Com 17 pontos cada, Tottenham e United ficam separados pelo Chelsea, que também tem o mesmo número de vitórias, derrotas e empates, sendo a diferença de golos o único fator que coloca os Spurs em sexto, Chelsea em sétimo e United em oitavo.
Nenhuma das equipas pode perder
Com o dérbi do Norte de Londres a seguir à pausa internacional, no Emirates Stadium, este é um jogo que o Tottenham não pode perder. Isto porque Crystal Palace, Brighton e Aston Villa estão apenas a dois pontos de distância, e um ou dois resultados negativos podem facilmente atirar os Spurs para a metade inferior da tabela antes do final do mês.
O mesmo se aplica ao United, embora a sua sequência de jogos, em teoria, seja um pouco mais acessível. Não há um empate sem golos neste confronto desde dezembro de 2014, e em 12 dos últimos 14 jogos foram marcados pelo menos dois golos, o que indica que se espera mais um duelo emocionante com mais de 90 minutos de ação.
Encontro clássico à vista?
Embora o resultado seja fundamental, é evidente que ambos os treinadores precisam de encontrar consistência nas suas equipas ao longo de um período mais prolongado.
Frank tem tempo para acertar, algo que Amorim dificilmente terá, independentemente do que Sir Jim Ratcliffe possa dizer, mas não conseguir vencer em casa é quase sempre receita para o desastre no que toca à sobrevivência de um treinador.
Vencer o Copenhaga na Liga dos Campeões devolveu alguma confiança, mas o United será um desafio completamente diferente.
Este jogo tem todos os ingredientes para ser mais um clássico, como sempre foi...

