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Depois de um caótico empate 4-4 frente ao Bournemouth na noite de segunda-feira, o United desloca-se a Villa Park com a equipa de Amorim a tentar entrar no top quatro. Os Red Devils já defrontaram o Villa em 200 ocasiões em todas as competições e lideram confortavelmente o confronto direto, com 107 vitórias contra 51 do Villa.
O Villa só conseguiu vencer cinco jogos da Premier League frente ao United e Amorim retira confiança disso, apesar de estar abaixo dos Villans na tabela classificativa.
Amorim começou por abordar o caso do médio Kobbie Mainoo e do seu irmão, que usou uma t-shirt com a inscrição “FREE KOBBIE MAINOO” (libertem Kobbie Mainoo, em tradução livre) em Old Trafford no início desta semana, numa altura em que tenta sair da equipa na janela de transferências de janeiro.
“Não. Ele jogou muito bem, isso é o mais importante, o meu gabinete está sempre aberto, ninguém lá foi esta semana, por isso está tudo normal. Não, não foi o Kobbie que usou a t-shirt, ele não vai ser titular por causa da t-shirt, nem vai para o banco por causa da t-shirt. Ele vai jogar se sentirmos que é o certo para a equipa. Já estou habituado, estou aqui há um ano. Não vou fazer nada ao Kobbie só porque alguém da família dele fez alguma coisa.”
Houve ainda mais polémica quando Amorim respondeu à entrevista de Bruno Fernandes no início desta semana ao Canal 11, em que o jogador afirmou que o clube queria vendê-lo à Liga Saudita durante a janela de transferências de verão.
"A diferença é que ele falou com o clube antes da entrevista e disse o que sentia. Podemos evitar estas situações porque sabemos o ruído que causam. Ele falou com a direção e penso que está tudo esclarecido. Não sei se é justo, disse o que sente. O Bruno Fernandes é que tem de responder a isso, não eu. É um exemplo, dá tudo e arrisca tudo, nisso é especial, temos de nos superar para ter esse sentimento. Temos de lhe perguntar, ele é uma grande referência no grupo. Ele expressou o que sente. Quando vejo o Bruno a treinar e a jogar, percebo que é uma personalidade especial, os números e a quantidade de jogos provam que é um jogador diferente."
Foram justificadas as críticas aos jogadores da formação?
Por fim, a imprensa continuou a pressionar Amorim por mais detalhes sobre os problemas que se vivem atualmente no clube. Desta vez, as perguntas centraram-se nos seus comentários sobre alguns jogadores da formação, como Harry Amass e Chido Obi, sobre os quais afirmou que não estavam a apresentar rendimento suficiente para merecerem uma oportunidade na equipa principal.
"Acho que existe um certo sentimento de direito dentro do nosso clube, por vezes palavras duras não são más, momentos difíceis não são maus para os miúdos. Não precisamos de elogios em todas as situações. Vocês falam de jogadores que criticam os clubes porque sentem que têm direito, depois há lendas e, se não jogam, vão-se embora porque acham que todos estão errados. Não, fiquem e lutem, sinto que temos de combater este sentimento. Sou o primeiro a admitir que estou a falhar. Fora do relvado garanto que não estou a falhar com este clube. Esquecemo-nos do que significa jogar pelo Manchester United, nós enquanto clube por vezes esquecemo-nos de quem somos. É o ambiente, os miúdos sentem-se no direito e livres para responder ao treinador com uma fotografia. O meu gabinete está aberto mas ninguém vem ter comigo. Temos de mudar enquanto clube. Não disse nada de errado, falei sobre a sorte de jogar pelo Manchester United. Por vezes jogas pelo United e vês realidades diferentes e percebes que o futebol pode ser tão diferente. Era esse o meu ponto."
