O gigante de Glasgow tem atravessado uma época difícil, tanto dentro como fora do relvado, com os adeptos a criticarem a direção por considerarem insuficiente o investimento no plantel.
Lawwell ingressou no Celtic como diretor executivo em 2003, cargo que ocupou até 2021. O dirigente, de 66 anos, regressou em 2023 como presidente não executivo.
"É com tristeza que anuncio a minha decisão de deixar o cargo de presidente", afirmou Lawwell numa declaração emotiva publicada no site oficial do clube.
"Acredito que os meus 18 anos como diretor executivo e três anos como presidente demonstraram a minha capacidade para enfrentar e superar desafios em várias frentes, mas os abusos e ameaças vindos de algumas fontes aumentaram e tornaram-se agora intoleráveis".
"Tais situações deixaram a minha família consternada e preocupada. Nesta fase da minha vida, não preciso disto. Não posso aceitar esta situação e, por isso, deixo o clube que sempre amei".
O administrador não executivo Brian Wilson assumirá a presidência interina a partir de 31 de dezembro, até ser feita uma nomeação definitiva.
O Celtic conquistou 13 dos últimos 14 títulos da Premiership escocesa, mas atravessa uma quebra acentuada esta temporada. Os Hoops foram eliminados de forma embaraçosa na qualificação da Liga dos Campeões frente ao campeão do Cazaquistão, Kairat Almaty.
Brendan Rodgers saiu do cargo de treinador em outubro, após relações tensas com a direção.
O novo técnico, Wilfried Nancy, está a protagonizar o pior arranque de sempre de um treinador na história do Celtic, com três derrotas consecutivas, incluindo a final da Taça da Liga frente ao St. Mirren, no domingo.
Uma grande parte dos adeptos do Celtic tem vindo a exigir mudanças na direção durante os jogos dos últimos meses.
O clube também baniu indefinidamente o grupo de adeptos "The Green Brigade" de assistir aos jogos, alegando questões de segurança.
