Os golos surgiram nos momentos mais simbólicos do futebol: no final de cada parte. Aos 45 minutos, na sequência de um livre lateral bem executado, Ibrahima Samb apareceu com autoridade ao segundo poste e, de cabeça, deu vantagem ao Al Ittihad ainda antes do intervalo. Um golo que premiou a superioridade territorial e o controlo emocional de uma equipa que soube ler o jogo fora de casa.
Na segunda parte, o cenário repetiu-se: domínio, circulação criteriosa, controlo dos ritmos e uma gestão inteligente, sem se expor ao jogo direto do adversário. Já em período de compensação, aos 90+5’, o Al Ittihad confirmou o triunfo. Elvio Delgado, da marca dos onze metros, não desperdiçou e selou uma vitória justa, sofrida e reveladora de crescimento coletivo.
Este desfecho assume também um valor simbólico no percurso de João Mota. O treinador português termina 2025 a ganhar, tal como o havia iniciado, ainda ao serviço do Al Hussein, da Jordânia, com a conquista da Supertaça. Um arco que se fecha com coerência: títulos, identidade e equipas competitivas, independentemente da geografia.
Depois de dois empates consecutivos — ambos com domínio claro, mas penalizados pela ineficácia —, o Al Ittihad encontrou nesta deslocação a recompensa para um processo que vinha a dar sinais claros de maturação. A equipa fechou o ano com solidez defensiva, eficácia nos momentos decisivos e fidelidade a um padrão de jogo bem definido.
