Análise ao Juventus-Roma: atenção aos cantos e ao quarto de hora final

Matias Soulé e Kenan Yildiz
Matias Soulé e Kenan YildizGIUSEPPE MAFFIA / NURPHOTO / NURPHOTO VIA AFP

Análise completa ao confronto entre Juventus e Roma: dados sobre golos, situações de jogo e protagonistas-chave que podem decidir o desfecho do encontro.

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Juventus-Roma é um clássico com grande tradição, que revela uma tendência bastante clara nos últimos anos. Os giallorossi venceram apenas um dos dez confrontos mais recentes da Serie A frente aos bianconeri, o 1-0 de 5 de março de 2023, com assinatura de Mancini, e desde 2020/21 só registaram pior desempenho frente ao AC Milan e ao Nápoles em termos de percentagem de vitórias.

Em Turim, o cenário é ainda mais evidente: a Juventus triunfou em 11 dos últimos 14 jogos em casa frente à Roma, mantendo a baliza inviolada em dez dessas ocasiões.

No entanto, a Roma chega ao Stadium com registos fora de portas de grande destaque. Em 2025, venceu 12 dos 17 jogos do campeonato disputados longe do Olímpico, um número apenas superado em 2017.

Há ainda outro fator determinante: a solidez defensiva. Os adversários dos giallorossi apresentam uma taxa de concretização de 5%, a mais baixa de toda a Serie A, com apenas oito golos sofridos em 160 remates permitidos.

Análise dos dados

Ao aprofundar a análise estatística, o duelo ofensivo aparenta equilíbrio: 19 golos marcados pela Juventus contra 16 da Roma. Contudo, a forma como chegam aos golos é distinta. Os giallorossi finalizam sobretudo dentro da área (81,3%), enquanto a Juventus fica pelos 68,4%.

A diferença mais significativa surge nos lances de bola parada, especialmente nos cantos: 31,6% dos golos dos bianconeri resultam de jogadas a partir de canto, praticamente um em cada três, ao passo que a Roma sofre 25% dos golos precisamente em lances de canto. Um cruzamento estatístico que pode ser decisivo.

O topo da classificação da Serie A
O topo da classificação da Serie AFlashscore

A dimensão temporal também revela muito. A Juventus concentra 26,3% dos seus golos no último quarto de hora, fase em que a Roma permite 37,5% do total de golos sofridos. Por outro lado, os giallorossi são especialmente eficazes nos dois quartos de hora centrais de cada parte, onde concretizam 50% dos seus golos, zona do jogo que a Juventus controla com mais eficácia (21,4%).

Destaque para os jogadores

O retrato completa-se com os protagonistas. Matías Soulé (29+25) e Kenan Yildiz (34+32) são dois dos três jogadores do campeonato que já somaram pelo menos 25 remates e 25 ocasiões criadas, juntamente com Nico Paz (53-33).

Além disso, o argentino da Roma e o turco da Juventus são também dois dos três jogadores mais jovens a terem marcado pelo menos oito golos e feito pelo menos oito assistências desde o início da época passada da Serie A, novamente acompanhados pelo médio ofensivo do Como.

Os números de Soulé e Yildiz em comparação
Os números de Soulé e Yildiz em comparaçãoOpta by Stats Perform

Na defesa, destaca-se o desempenho de Wesley, autor de três golos nas primeiras 13 presenças na Serie A: registos que, nos últimos 45 anos, apenas alguns defesas romanistas conseguiram superar na primeira metade de uma época: Walter Samuel (quatro golos em 2001/02), Medhi Benatia (cinco em 2013/14), Alessandro Florenzi (cinco em 2013/14 e quatro em 2015/16) e Aleksandar Kolarov (quatro em 2018/19 e cinco em 2019/20).