Gabigol nega problemas com Tite: "É ele quem manda"

Gabigol foi o vilão da eliminação do Cruzeiro na Taça do Brasil
Gabigol foi o vilão da eliminação do Cruzeiro na Taça do BrasilLiamara Polli/AGIF via AFP

Gabigol comentou esta sexta-feira o penálti falhado pelo Cruzeiro na meia-final da Taça do Brasil, contra o Corinthians, no último domingo. Esta foi a primeira vez que o jogador se pronunciou sobre o lance decisivo, que poderia ter apurado a Raposa para a final.

Em entrevista ao Podpah, Gabigol não fugiu da pergunta e começou logo por assumir a responsabilidade. Além disso, atribuiu o resultado do lance ao conhecimento que ele e Hugo Souza, guarda-redes do Corinthians, têm um do outro.

"Eu errei, tenho que assumir. Primeira vez que erro um penálti tão decisivo. É muito complicado para os dois lados, porque treinámos juntos. Eu assumo que errei, não tenho desculpa. Ele sabe como eu bato, eu sei como ele poderia defender. Mas eu bati mal, não tenho desculpa. Se tiver um penálti amanhã, vou bater de novo", explicou o atacante.

Gabigol contou que seria o quarto a cobrar se o Cruzeiro pudesse resolver a disputa com antecedência. O atacante lembrou que entrou na partida já nos minutos finais e talvez estivesse um pouco a frio ainda.

"Combinamos que se o Corinthians perdesse mais um, eu iria bater o quarto para tentar acabar logo. Tinha confiança dos jogadores em mim. Entrei a faltarem três minutos. Isso influenciou? Acho que sim. Nem toquei na bola, estava meio frio, mas eu errei. Não tenho problema em assumir", disse Gabigol.

Os números de Gabriel Barbosa
Os números de Gabriel BarbosaFlashscore

Com vínculo até 2028 com o Cruzeiro, Gabigol teve sua permanência no clube questionada após o lance e, principalmente, pela chegada do técnico Tite. Os dois trabalharam juntos na Seleção Brasileira e no Flamengo, onde não tiveram uma boa relação.

Gabigol, porém, tratou de colocar panos quentes em qualquer polémica com o treinador.

"Não tivemos problemas ou qualquer discussão no Flamengo. Respeito-o, como respeito todos. É ele quem manda, eu sou o jogador, e o que tiver que fazer para ajudar o Cruzeiro, eu vou fazer", garantiu Gabigol

"Antes da meia-final já me estavam a colocar noutras equipas. Quando eu acertei com o Cruzeiro, era para um projeto de quatro anos, não um, dois ou três. O meu empresário não conversou com nenhum clube. A meio do ano ano existiram equipas que procuraram o Cruzeiro, que procuraram meu empresário, e nunca foi uma opção sair do Cruzeiro", acrescentou o jogador sobre sua permanência.