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Como sempre, será necessário talento, força mental e uma boa dose de sorte, mas o momento recente da equipa permite sonhar.
Ao participarem pela 12.ª vez no campeonato continental, tendo conquistado o troféu em 1996, recordamos os seus cinco melhores jogos nas fases finais da Taça das Nações Africanas.
África do Sul 3–0 Gana
31 de janeiro de 1996 – Meia-final da Taça das Nações Africanas 1996
Pode-se falar da vitória inaugural por 3-0 frente aos Camarões, da final contra a Tunísia ou até do triunfo por 2-1 nos quartos de final diante da Argélia, mas talvez a vitória mais marcante dos Bafana Bafana a caminho do título em 1996 tenha sido o 3-0 sobre um Gana muito cotado nas meias-finais.
Os Bafana vinham embalados até esse momento, mas encontraram pela frente uns Black Stars poderosos e, apesar de jogarem em casa, eram considerados outsiders. Liderados pelo incansável John Shoes Moshoeu, atropelaram os adversários, com o médio a bisar e Shaun Bartlett a marcar logo após o intervalo. Foi uma das exibições mais completas da equipa em qualquer competição, e o resultado final frente à Tunísia nunca esteve em causa.

Marrocos 1–2 África do Sul
22 de fevereiro de 1998 – Quartos de final da Taça das Nações Africanas 1998
Marrocos tinha terminado em primeiro no seu grupo e era liderado pelo talismã Mustapha Hadji, que viria a ser eleito Futebolista Africano do Ano em 1998. Os Bafana só conseguiram o segundo lugar no seu grupo e, tirando a goleada por 4-1 à Namíbia, tinham desiludido até então.
No entanto, ultrapassaram este difícil desafio em Uagadugu, mostrando o espírito que os levaria a uma segunda final consecutiva. O melhor marcador do torneio, Benni McCarthy, colocou a equipa em vantagem antes de Saïd Chiba empatar para Marrocos. O prolongamento parecia inevitável, mas o lateral-esquerdo David Nyathi marcou o seu único golo internacional a 11 minutos do fim, garantindo a passagem à fase seguinte.
Gana 0–1 África do Sul
6 de fevereiro de 2000 – Quartos de final da Taça das Nações Africanas 2000
Defrontar o país anfitrião na Taça das Nações nunca é tarefa fácil, e o Gana procurava vingança após a derrota de 1996. Mas os Bafana deixaram as emoções de lado e, perante 40 mil adeptos fervorosos em Kumasi, eliminaram os Black Stars da competição que coorganizavam com a Nigéria.
O golo de Siyabonga Nomvethe, a três minutos do intervalo, foi decisivo, com os Bafana a resistirem à pressão do Gana e a garantirem a presença numa terceira meia-final consecutiva da Taça das Nações.
6 de julho de 2019 – Oitavos de final da Taça das Nações Africanas 2019
O Egito, anfitrião, estava cheio de expectativas de chegar ao título em 2019, liderado por Mohamed Salah e um plantel repleto de estrelas que tinha perdido a final dois anos antes. Por contraste, a África do Sul arrastou-se na fase de grupos, terminando com o pior registo entre as 16 equipas apuradas para a fase a eliminar, depois de perder dois jogos do grupo.
Este deveria ter sido um triunfo fácil para os egípcios, mas os Bafana mostraram-se determinados e conseguiram travá-los até Thembinkosi Lorch marcar o golo da vitória aos 85 minutos, após um contra-ataque rápido, silenciando o estádio. O resultado abalou o futebol egípcio e, embora tenham voltado à final em 2021, perderam nos penáltis para o Senegal.
30 de janeiro de 2024 – Oitavos de final da Taça das Nações Africanas 2023
O Marrocos, recheado de estrelas, tinha chegado às meias-finais do Mundial pouco mais de um ano antes e venceu tranquilamente o seu grupo, enquanto a África do Sul recuperou de uma derrota por 2-0 frente ao Mali no jogo de estreia para seguir em frente. Os marroquinos eram claros favoritos perante a equipa orientada por Hugo Broos, mas estes Bafana mostraram grande personalidade e não se deixaram intimidar.
Adiantaram-se no marcador por intermédio de Evidence Makgopa, antes de Achraf Hakimi ter a oportunidade de empatar de penálti, mas atirou por cima da barra. Já nos instantes finais, Sofyan Amrabat foi expulso e um livre magistral de Teboho Mokoena selou aquela que pode ser considerada uma das melhores vitórias de sempre dos Bafana. A equipa terminaria a competição no terceiro lugar.
