RD Congo-Benim: um duelo equilibrado para lançar a dinâmica
A RD Congo entra nesta CAN com um estatuto a defender. Duas vezes vencedora da competição (1968, 1974), os Leopardos continuam a ser uma referência no continente, apoiados num plantel profundo que alia experiência europeia a impacto físico. Sólida defensivamente e capaz de acelerar nas transições, a RDC tem como objetivo garantir rapidamente a qualificação para evitar pressões desnecessárias.
Do outro lado, o Benim apresenta-se com menos certezas, mas com uma identidade bem vincada. Surpresa nos quartos de final em 2019, os Esquilos apostam numa organização coletiva rigorosa e na capacidade de fechar o jogo frente a seleções mais fortes. O objetivo é claro: resistir, manter-se na discussão o máximo de tempo possível e aproveitar qualquer oportunidade.
Jogadores a seguir:
Yoane Wissa (RD Congo): capaz de desequilibrar com os seus movimentos e capacidade de explosão.
Steve Mounié (Benim): referência ofensiva fundamental, muito útil de costas para a baliza.
O dado:
A RD Congo perdeu apenas um dos seus cinco últimos jogos de estreia em fases de grupos da CAN, frente ao Uganda em 2019. Outro dado positivo para os Leopardos: nunca perderam frente ao Benim.
Senegal-Botsuana: um campeão africano frente a um estreante na competição
Campeão africano em 2022, o Senegal chega com a responsabilidade de quem tem muito a provar. Os Leões da Teranga contam com um dos plantéis mais completos do continente, capazes de impor um ritmo elevado tanto no plano físico como na vertente tática. Para os comandados de Pape Thiaw, o objetivo é simples: entrar fortes e enviar um sinal à concorrência.
O Botsuana, por sua vez, encara este desafio sem complexos, mas com realismo. Pouco habituados a este patamar, as Zebras sabem que cada ponto pode ser decisivo na luta por uma eventual qualificação entre os melhores terceiros classificados. A chave estará na solidez defensiva e na gestão emocional perante um adversário teoricamente superior.
Jogadores a seguir:
Sadio Mané (Senegal): sempre decisivo nos grandes momentos do futebol africano.
Thabang Sesinyi (Botsuana): peça fundamental nas transições ofensivas.
O dado:
O Senegal venceu cada um dos seus três últimos jogos de estreia na CAN sem sofrer golos.
Nigéria-Tanzânia: os Super Eagles querem impor o seu estatuto logo à entrada
Terceira seleção mais titulada da história da CAN (3 títulos), a Nigéria chega sempre com a obrigação de lutar pelos primeiros lugares. Os Super Eagles contam com uma geração talentosa, veloz e técnica, capaz de fazer a diferença nos duelos ofensivos. Precisam de vencer já este primeiro jogo para poderem voltar a sonhar com a fase final, como aconteceu nas suas três últimas participações na CAN.
A Tanzânia, menos experiente neste contexto, aposta no compromisso e na disciplina para se afirmar. Frente a um adversário tão explosivo, a prioridade será limitar os espaços e manter a organização, esperando surpreender em bolas paradas ou contra-ataques.
Jogadores a seguir:
Victor Osimhen (Nigéria): referência ofensiva, capaz de decidir um jogo sozinho.
Mbwana Samatta (Tanzânia): o homem da experiência, fundamental nos momentos decisivos.
O dado:
A Nigéria marcou em 11 dos seus 12 últimos jogos de fase de grupos na CAN. Além disso, nunca perdeu frente à Tanzânia e soma uma vitória por 1-0 na CAN 2016.
Tunísia-Uganda: uma estreia crucial num grupo equilibrado
Habituada às fases finais e aos quartos de final, a Tunísia mantém-se como uma das seleções mais regulares do continente. Mas tem contas a ajustar com a última CAN, onde as Águias de Cartago foram eliminados logo na primeira fase. Apoiam-se numa base experiente e numa organização tática consolidada. Este primeiro jogo é fundamental para evitar pressões prematuras num grupo que promete ser muito equilibrado.
O Uganda, frequentemente difícil de contrariar, apresenta-se com a ambição de baralhar a hierarquia. Sólidos no contacto físico e disciplinados defensivamente, os Cranes esperam conquistar um resultado frente a uma equipa tunisina por vezes menos eficaz na criação ofensiva.
Jogadores a seguir:
Hannibal Mejbri (Tunísia): médio ofensivo técnico e intenso, traz criatividade, projeção e personalidade à seleção tunisina.
Farouk Miya (Uganda): motor do ataque, capaz de aproveitar qualquer espaço.
O dado:
A Tunísia qualificou-se para as fases a eliminar em 15 das suas 17 últimas participações na CAN. O Uganda não vence um jogo na CAN desde 2019.
