Recorde as incidências da partida

Depois da derrota na final do Mundial de Clubes, os campeões europeus entraram determinados a não deixar escapar mais um troféu da FIFA. João Neves esteve perto de inaugurar o marcador, atirando à malha lateral após um livre de Vitinha, e Lee Kang-in obrigou Agustín Rossi a uma boa defesa. Aos 11 minutos, o guarda-redes argentino ofereceu a bola aos parisienses ao tentar evitar um canto, permitindo a Fabián Ruiz rematar para a baliza deserta, mas o VAR anulou o lance por considerar que a bola já tinha saído.
Após resistir ao ímpeto inicial do PSG, o Flamengo começou a soltar-se e mostrou a forma que o levou a uma série de sete jogos sem perder. Erick Pulgar testou Safonov com um remate forte de fora da área, naquele que foi o melhor aviso dos brasileiros na primeira parte. O encontro tornou-se cada vez mais intenso e físico, e Lee Kang-in acabou por sair lesionado aos 35 minutos. O seu substituto, Senny Mayulu, teve impacto imediato: três minutos depois, participou na jogada que deu o 1-0, ao abrir para Désiré Doué, que cruzou rasteiro para o toque final de Khvicha Kvaratskhelia.
A equipa de Luís Enrique entrou na segunda parte a tentar ampliar a vantagem, com João Neves a obrigar Rossi a nova intervenção. No entanto, o PSG não conseguiu “matar” o jogo e acabou castigado à passagem da hora de jogo, quando o VAR assinalou penálti por falta de Marquinhos sobre Giorgian De Arrascaeta. Na marca dos 11 metros, Jorginho manteve a calma e restabeleceu a igualdade.

O golo do empate fez recuar o Flamengo, que passou a resistir a uma onda de pressão parisiense. Ainda assim, o PSG só voltou a criar perigo real a 12 minutos do fim, com Rossi a defender um remate de Doué. Luís Enrique lançou Ousmane Dembélé na tentativa de resolver a partida, mas foi Filipe Luís quem esteve mais perto de decidir, com Pedro e Léo Pereira a verem os seus remates bloqueados por defesas cruciais. Já nos descontos, Marquinhos teve a oportunidade de se redimir, mas falhou o desvio final após cruzamento de Dembélé, levando o jogo para prolongamento.
Nos 30 minutos suplementares, Marquinhos e João Neves voltaram a ameaçar, mas encontraram sempre Rossi no caminho. Nem Luiz Araújo nem Dembélé conseguiram manter a frieza no remate, e um desvio de Barcola terminou ao lado, empurrando a decisão para as grandes penalidades.
Na marca dos 11 metros, os dois primeiros penáltis foram convertidos, antes de Safonov se tornar o herói da noite ao defender os remates de Saúl Ñíguez, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo. Nuno Mendes foi o único a marcar nos três penáltis seguintes do PSG, mas o suficiente para selar o triunfo por 2-1 no desempate.
Com esta vitória, o Paris Saint-Germain soma o 50.º triunfo em todas as competições em 2025 e conquista o sexto troféu do ano civil. Já o Flamengo vê escapar a oportunidade de conquistar o quinto título da temporada e continua com o triunfo de 1981 frente ao Liverpool como o seu único troféu mundial.
