Para cobrir o Livigno Snow Park com neve e criar os módulos, saltos e half-pipes necessários para as provas das duas disciplinas olímpicas, os organizadores têm de produzir grandes quantidades de neve artificial.
Os seus canhões de neve são alimentados com água proveniente de uma albufeira, a de Monte Sponda, com capacidade para 203.000 metros cúbicos, cujas obras, no valor de 21,7 milhões de euros, terminaram no final de novembro.
"Nos últimos dias, um problema técnico afetou o sistema de abastecimento de água" dos canhões de neve, indicaram os organizadores num comunicado enviado à AFP.
"Em 72 horas resolvemos de imediato o problema e neste momento estão a ser realizados testes para reiniciar o sistema. Vamos retomar a produção de neve nos próximos dias", acrescenta o texto.
A produção de neve artificial estava inicialmente prevista para começar na semana passada.
"Diálogo diário"
Contactada pela AFP, a Simico, empresa responsável pela entrega das obras olímpicas, encarregada em particular da construção da albufeira de Monte Sponda, não quis fazer comentários.
Mesmo antes deste contratempo, o secretário-geral da Federação Internacional de Esqui (FIS), Michel Vion, já tinha manifestado no início de dezembro à AFP a sua preocupação com o atraso nas instalações de Livigno.
"Estamos um pouco preocupados porque a necessidade de neve é significativa para estas disciplinas", afirmou na altura.
"Se quisermos garantir que os Jogos decorram em boas condições, não basta neve natural, é também necessária neve artificial para consolidar a neve mais compacta e húmida", explicou o dirigente.
O comité organizador dos próximos Jogos de Inverno (6-22 de fevereiro) afirmou esta terça-feira que "as relações com a Federação Internacional de Esqui e o COI (Comité Olímpico Internacional) são excelentes".
"Existe um diálogo diário em que lhes são comunicadas todas as etapas", garante o comunicado.