Kika Nazareth: "Jogar no Benfica é o melhor, é o clube do meu coração e é o maior clube de Portugal"

Kika Nazareth, média do Benfica, assumiu que prefere jogar para uma Luz cheia do que falar em público
Kika Nazareth, média do Benfica, assumiu que prefere jogar para uma Luz cheia do que falar em públicoSL Benfica

Kika Nazareth, média do Benfica, esteve esta quarta-feira num debate da Web Summit, em Lisboa, juntamente com as atletas Patrícia Mamona e Marta Pen, onde assegurou conviver confortavelmente com a pressão de jogar no Benfica, ao contrário de falar em público.

"Para mim, falar em público não é pior do que jogar futebol ou marcar um penálti, mas é muito mais difícil", afirmou a média do Benfica, perante as cerca de quatro centenas de presentes na conferência sobre saúde mental no desporto, que protagonizou com as atletas Patrícia Mamona e Marta Pen.

Após o debate, questionada pelos jornalistas, a jovem, de 19 anos, assumiu a ansiedade sentida hoje, incomparável com jogos da seleção feminina ou da Liga dos Campeões.

"Isto não era o Estádio da Luz cheio, foi muito mais difícil. Preferia jogar 20 mil jogos com o Estádio da Luz com 200 mil pessoas, do que estar aqui, mas é por isso que eu jogo futebol e não faço outra coisa como estar aqui a apresentar estes eventos", referiu a internacional portuguesa.

Em contraponto com as suas parceiras de painel, que praticam desportos individuais, Kika Nazareth enalteceu a importância do coletivo, no estabelecimento dos seus objetivos, acentuando o necessário equilíbrio entre a parte mental e física.

"Eu posso estar 100% fisicamente, ser a melhor da equipa, mas, se por acaso, a minha cabeça não estiver a funcionar, o desempenho não vai ser o desejado", referiu.

Para Kika Nazareth, "o nervosismo compensa, tendo em conta o desafio", assumindo, com orgulho, a pressão de vestir a camisola do emblema das águias.

"Jogar no Benfica é o melhor, é o clube do meu coração e é o maior clube de Portugal. Isso traz-nos pressão, responsabilidade, mas é uma pressão boa e um motivo de orgulho (...). Fora de campo temos de saber ser mais responsáveis, para mim, com 19 anos, com uma adolescência ainda por viver, se calhar é mais difícil conciliar, mas tenho de ver o lado bom das coisas e sentir que eu é que sou uma privilegiada", rematou.