A Alemanha "não é um país onde não se consegue encontrar dinheiro", afirmou Domenicali, cuja competição está em grande crescimento – o que lhe permite exigir taxas de participação na ordem das dezenas de milhões de euros.
Por isso mesmo, o antigo chefe de equipa da Ferrari mostra-se cauteloso em relação à Alemanha, onde os operadores dos circuitos, sem apoio público ou de um investidor, acabariam por ter prejuízo com a Fórmula 1.
F1 aguarda uma "proposta séria"
"Estamos interessados em regressar à Alemanha com o promotor certo e uma proposta adequada", explicou Domenicali.
"O lado positivo é que não estamos desesperados, porque recebemos tantos pedidos de todo o mundo. E se o mercado alemão não considerar prioritário o regresso da Fórmula 1 à Alemanha, teremos de aceitar isso e seguir em frente", acrescentou .
No entanto, está "preparado e aberto a qualquer tipo de conversações".
Outro obstáculo: segundo Domenicali, "a infraestrutura atual na Alemanha precisa de muitos investimentos". É necessário "elaborar um plano adequado para perceber quem são os clientes que vão estar no circuito". Em Abu Dhabi, por exemplo, na final da temporada, houve mais de 10.000 convidados pagantes no exclusivo e dispendioso Paddock Club, referiu o responsável máximo da competição. Da parte de um operador de circuito na Alemanha, é preciso "uma proposta séria".
Na era de Michael Schumacher, a Alemanha chegou a receber duas corridas por ano, em Hockenheim e no Nürburgring. Em 2019, a Alemanha (Hockenheim) esteve pela última vez de forma regular no calendário da Fórmula 1. Em 2020, durante a crise da Covid-19, o Nürburgring foi incluído no programa de forma excecional.
