Voleibol: Selecionador diz que Portugal precisa de reinventar-se na Liga Europeia feminina

Hugo Silva, selecionador português
Hugo Silva, selecionador portuguêsProfimedia

O selecionador feminino de voleibol, Hugo Silva, defendeu à Lusa que Portugal precisa de reinventar-se para enfrentar o novo formato da Liga Europeia, na qual defrontará Hungria, Macedónia do Norte, Grécia, Kosovo e Roménia.

“Há um maior número de seleções fortes, mais do que é habitual na Golden League e Silver League. Isso obriga a reinventarmo-nos, porque vamos apanhar equipas que estão habituadas a disputar fases finais de grandes competições, como a Roménia e a Hungria. São seleções que nos vão causar imensas dificuldades”, observou Hugo Silva.

A alteração do formato competitivo da Liga Europeia feminina de voleibol implicou a extinção da Golden League – que Portugal disputou este ano – e da Silver League, substituídas por uma liga única, composta por 22 seleções, com as seis primeiras classificadas a qualificarem-se para uma segunda fase, a fim de decidirem a vencedora.

“Temos objetivos sempre ambiciosos e gostaríamos de chegar à final six. Obviamente, vamos trabalhar para isso, mas não vale a pena andarmos aqui e tentar contornar as coisas: o grau de dificuldade é muito grande”, reconheceu o selecionador nacional, de 52 anos.

A equipa portuguesa joga inicialmente com a Macedónia do Norte e a Hungria, entre 05 e 07 de junho, defrontando poucos dias mais tarde a Grécia e o Kosovo, entre 12 e 14, e a Roménia e uma seleção vencedora da ronda preliminar, entre 19 e 21 do mesmo mês.

“O voleibol feminino em Portugal deu um salto muito grande nos últimos três ou quatro anos, tal como o nosso campeonato, e isso faz com que as jogadoras evoluam e que possamos ter cada vez atletas com capacidade para enfrentar competições destas”, sustentou o treinador.

O desempenho na próxima edição da Liga Europeia torna-se mais relevante porque condicionará fortemente o posicionamento no ranking, através do qual serão encontradas as seleções apuradas para o Campeonato do Mundo de 2028, competição em que Portugal nunca esteve presente, no setor feminino.

“Se chegar a uma fase final do Europeu não é fácil, à de um Mundial é muito complicado. Também porque as regras mudaram recentemente. Agora, o que vai contar será sempre o ranking. Portanto, ou começamos a ganhar às equipas mais fortes e subimos no ranking, ou não vamos ter nunca a possibilidade de chegar a um Campeonato do Mundo”, assinalou.